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10/21/2021 | Press release | Distributed by Public on 10/21/2021 08:56

Uma conversa com Taka sobre o documentário ONE OK ROCK: Flip a Coin →

ONE OK ROCK é um grupo de rock japonês elogiado pela crítica em todo o mundo que se formou em 2005 e se lançou em 2007. Com uma carreira em franca expansão tanto no Japão quanto no resto do mundo, eles compuseram Renegades com Ed Sheeran e as músicas-tema de todos os filmes live action de Samurai X. A banda fez seu primeiro show pela internet, "ONE OK ROCK 2020 'Field of Wonder' at Stadium Live Streaming supported by au 5G LIVE", ano passado, no meio da pandemia.

Agora, o documentário ONE OK ROCK: Flip a Coin engloba os três meses anteriores à apresentação e as cenas de bastidores do show transmitido pela internet, mostrando os ensaios no estúdio e o dia a dia dos integrantes. Antes da estreia em 21 de outubro, nós conversamos sobre o filme com Taka, o líder da banda, que atualmente está em Los Angeles trabalhando em um novo álbum.

Por que você decidiu fazer o documentário?

Nós criamos música e fazemos shows, mas acabamos percebendo que um documentário seria o único jeito de preencher as lacunas que faltavam. Acredito que os fãs entendem bem as nossas ideias e personalidade, mas nunca mostramos os bastidores para eles, então tentamos fazer isso agora. Eu queria muito registrar esse período que vai do início da pandemia até o nosso primeiro show transmitido pela internet, independente de quando fosse lançado.

O documentário me fez questionar: "Será que é bom mostrar tanto assim?" A câmera registrou os ensaios no estúdio, as reuniões de trabalho e a produção do show do ONE OK ROCK. Além disso, vimos como os integrantes da banda passaram a pandemia.

O diretor Amazutsumi já vinha trabalhando com a gente há muito tempo, por isso ficamos muito tranquilos e não escondemos nada durante as filmagens.

O documentário mostra o que se passa na cabeça dos integrantes da ONE OK ROCK o tempo todo. Tudo é muito real porque reflete bem como estava a minha vida há um ano.

Durante a pandemia, acho que pessoas do mundo inteiro tiveram a mesma sensação de viver algo inédito. Nós precisamos interromper as atividades e abrir mão de muita coisa, o que levou a momentos tristes e dolorosos. Mas neste documentário queríamos mostrar que olhamos para frente, estamos prontos para o futuro e queríamos registrar tudo isso. Fizemos questionamentos importantes sobre o valor da vida, por que vivemos e por que corremos atrás dos nossos sonhos. Não queríamos esquecer o que sentimos nessa época e gostaríamos de dividir essa experiência.

Agora eu quero muito ver o show que foi transmitido pela internet e ouvir a música nova, "Wonder". No documentário, todos os integrantes dizem que nunca mais querem fazer outro evento desse tipo (rindo). Analisando tudo isso hoje, o que esse projeto significa para você?

Eu realmente não quero fazer outro evento desse tipo (rindo). Dito isso, oferecer emoções fortes e positivas para o público é o melhor que posso fazer como artista. Sou uma pessoa competitiva e teimosa que por acaso nasceu nesse mundo e estou em uma posição em que posso salvar alguém com minha expressão artística e minhas palavras. Sendo assim, por que não dividir esta parte de mim com os outros? Se as pessoas receberem nossa mensagem e se sentirem estimuladas a viver e se animar, então esse pode ser o meu único motivo de orgulho. Eu quis fazer o show pela internet pensando nessa responsabilidade.

No filme, uma das cenas mais impressionantes para mim foi quando (o baixista) Ryota disse: "Eu nunca fiz esse tipo de evento ao vivo…" e você respondeu: "É exatamente por isso que vamos fazer agora!". Foi um momento que mostrou a verdadeira mentalidade do ONE OK ROCK.

Sinto muita gratidão por tudo o que tenho. Somos um grupo de pessoas com ideias e personalidades totalmente diferentes. É preciso algo especial para motivar todo mundo quando cabeças tão diferentes estão trabalhando pelo mesmo objetivo. Felizmente, nós temos esse algo especial e conseguimos nos unir para fazer esse show pela internet de um jeito inédito. Sei que nem todo mundo é capaz de fazer isso mas, se eu consigo, você também consegue.

O documentário vai ter estreia simultânea em todo o mundo. Como você se sente em relação ao lançamento do filme pela Netflix?

Eu gosto da Netflix e vejo muitas produções por lá. É uma sensação maravilhosa saber que pessoas do mundo inteiro vão assistir ao nosso documentário ao mesmo tempo na Netflix. Agradeço muito por isso.

Acho que o filme também serve de apresentação para os fãs de outros países e que ainda não sabem muito sobre o ONE OK ROCK, permitindo que conheçam a banda mais profundamente, você concorda?

Sem dúvida. É difícil saber o quanto somos conhecidos pelo mundo, mas estamos começando a ver que algo está acontecendo. Se as pessoas conhecerem o ONE OK ROCK e nos entenderem melhor vendo esse documentário, vai ser muito bom para os nossos próximos projetos.

Ainda estamos sob a influência da COVID-19. Eu me comovi muito com o que você disse no final do filme. Como você vê o futuro do ONE OK ROCK?

Em 33 anos de vida, eu só tenho uma certeza: quando enfrento alguma dificuldade, não dá para resolvê-la colocando a culpa em outra pessoa. Quando esse período de jogar a culpa no outro termina, aí sim podemos avançar para a próxima fase.

Pode não ser muito apropriado dizer isso, mas é preciso manter a ambição o tempo todo. Temos que aproveitar essa oportunidade para lutar pelos nossos objetivos com afinco e fazer o melhor para cuidar uns dos outros. Se perdermos essa chance, sabe-se lá quando vai aparecer outra. Acredito que precisamos nos agarrar às nossas crenças até chegar o dia em que a próxima geração disser: "Vocês não são mais relevantes, chegou a nossa hora", mas até lá precisamos fazer o melhor que pudermos.

O documentário da Netflix ONE OK ROCK: Flip a Coin já está disponível para assistir, só na Netflix.