Government of the Republic of Angola

11/29/2021 | Press release | Distributed by Public on 11/29/2021 03:14

BIENAL DE LUANDA

Governo
29 Novembro de 2021 | 10h11

BIENAL DE LUANDA

Presidente da República apela respeito pelas instituições democraticamente eleitas

O Presidente da República, João Lourenço, apelou à promoção de iniciativas que envolvam as famílias, escolas, organizações políticas, instituições religiosas e a sociedade em geral, no esforço da consciencialização dos jovens africanos para a cultura da paz, do respeito pela Lei e a Constituição, e pelas instituições democraticamente eleitas.

O Chefe de Estado fez este apelo este sábado, 27 de Novembro, quando discursava na abertura da 2ª Edição do Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz - Bienal de Luanda.

A juventude africana, disse João Lourenço, deve constituir o fulcro de todas as estratégias voltadas para a paz e ser o ponto de partida e de chegada de toda a pedagogia que se leve a cabo para se serenarem os espíritos mais propensos à conflitualidade e à violência.

O Chefe de Estado apresentou a realidade de Angola como exemplo na resolução de conflitos, que deu lugar a paz e tem permitido a construção de uma sociedade democrática em que impera o perdão, a reconciliação e a tolerância.

"Definimos uma linha de conduta interna em que impusemos, a nós próprios, a cultura da paz e da tolerância a todos os níveis da sociedade angolana, para que fique definitivamente afastado da nossa realidade o espectro da guerra", disse o Presidente da República, afirmando que o país quer continuar a consolidar a paz e a reconciliação nacional e avançar para o progresso económico e o bem-estar social.

O tema da emigração de jovens para os outros continentes mereceu a atenção do Chefe de Estado, que encorajou os governos a continuarem a trabalhar na electrificação e industrialização do continente, melhorar as infra-estruturas, aumentar a oferta de bens e de serviços para as populações e de postos de trabalho para os jovens, satisfazer as necessidades em matéria de ensino e formação, para que o continente prospere de maneira sustentável.

"É minha convicção que, com perseverança, podemos alcançar este nível de satisfação das nossas necessidades e avançar para uma etapa em que a África que queremos, sem precariedade e com maior previsibilidade, nos proporcione uma vida em paz com cada um de nós mesmos, se torne atractiva, inclusiva e resiliente, e que privilegie o diálogo ao conflito, por forma a que cada indivíduo se transforme naturalmente num agente promotor da paz colectiva".

A preservação e utilização sustentável dos recursos marinhos e de protecção da costa marítima do continente africano foi visto pelo Presidente angolano como vector de progresso económico e de transformação social das comunidades ribeirinhas e dos países, no geral, pelo potencial que oferece em termos de recursos valiosos para as suas economias.

"Precisamos de encontrar e aplicar com sabedoria, coragem, unidade e sentido patriótico, a fórmula que colocará os nossos abundantes recursos humanos de dentro e da diáspora, os recursos minerais, florestais, hídricos e outros, ao serviço do real desenvolvimento económico e social do continente, ombreando com a prosperidade de outros continentes".

A sessão de abertura da 2ª Edição do Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz - Bienal de Luanda- contou com a presença dos Presidentes da República Democrática do Congo, Féliz Tshisekedi, do Congo Brazzaville, Denis Sasso Nguesso, da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova, e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Igualmente estiveram presentes os Vice-Presidentes da República da Costa Rica, Epsy Campbell Barr, e da Namíbia, Nangolo Mbumba.

A representante especial das Nações Unidas, Hanna Serwaa Tetteh, a comissária da União Africana para Agricultura Desenvolvimento Rural e Economia Azul, Josefa Sako, o director-geral adjunto da UNESCO, Xing Qu, e a embaixadora da Boa Vontade da UNESCO para a Paz e Reconciliação, Forest Whitaker, também prestigiaram o acto, igualmente assistido por uma vasta plateia composta por jovens angolanos e outros provenientes do Senegal, Marrocos, Brasil, EUA, Guiné Equatorial e Djibouti.

A Bienal de Luanda que decorre até terça-feira, 30 de Novembro, visa promover a prevenção da violência e a resolução de conflitos no continente.