Meliuz SA

05/17/2022 | Press release | Distributed by Public on 05/17/2022 08:38

DeFi – Veio para ficar ou é uma bolha?

Antes de responder a pergunta, é importante analisar e entender sobre o que estamos falando quando falamos de DeFi.

Além disso, também é de suma importância relembrar alguns fatos importantes da nossa sociedade que contribuíram para o surgimento dessa nova abreviação.

O termo DeFi vem de Decentralized Finance. Em bom português, finanças descentralizadas.

Sendo assim, se você é uma daquelas pessoas antenadas ao universo das criptomoedas e deseja saber tudo sobre o DeFi, acompanhe este conteúdo até o final! Vamos lá?

Além disso, leia: O que são NFTs

O Bitcoin e o início das criptomoedas

Então, vamos ao início de tudo: no final de 2008, surge o artigo Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System, escrito por Satoshi Nakamoto, onde o autor apresenta uma solução peer-to-peer para transferências de valores.

Foi nesse momento que o mundo conheceu o Bitcoin, seus fundamentos e modos de funcionamento.

Trata-se do primeiro meio de pagamentos digital onde não há a necessidade de um intermediário para realizar o processo, tampouco para garantir a entregabilidade dessa informação.

Já sabemos o destaque que o bitcoin teve no mercado tradicional e conhecemos as facilidades trazidas por ele. Afinal, a partir de sua criação, só precisamos de um dispositivo conectado à internet para estar inserido em um sistema financeiro robusto e descentralizado.

Veja também o nosso conteúdo sobre Cotação de Criptomoedas

Nascem as fintechs

Neste mesmo período, vimos surgir uma nova modalidade de startups: as fintechs. As startups são empresas enxutas, criadas com o foco em resolver um determinado problema.

Deste modo, as fintechs são startups focadas em serviços financeiros que objetivam facilitar o acesso das pessoas ao sistema financeiro.

Ao longo dos anos, diversas fintechs foram criadas em diversos setores da economia: seguros, crédito, conta-corrente, gestão de gastos, enfim; se há uma dificuldade ou problema em algum campo, uma fintech verá ali uma oportunidade!

No entanto, elas ainda precisavam superar um obstáculo: a centralização dos sistemas financeiros. Cabia às fintechs reunir todas as informações necessárias para só então disponibilizar o serviço oferecido, criando uma pequena barreira de entrada para novas pessoas.

Percebeu que falamos sobre este problema no passado? Pois é.

Surgem os Smart Contracts (contratos inteligentes)

Com o surgimento dos smart contracts (contratos inteligentes, que são protocolos criptografados e auto executáveis) da plataforma Ethereum, tornou-se possível criar, oferecer e legitimar serviços financeiros de uma forma totalmente descentralizada.

A usabilidade passa a ser a única barreira de entrada. A tecnologia blockchain por trás de tais contratos se desenha como um livro-razão fragmentado, onde os registros de transações se dividem em blocos digitais, de forma pública e compartilhada.

Desse modo, o que se vê a partir daí é uma enorme democratização do acesso a produtos e serviços financeiros.

Nesse contexto, surge e populariza-se o movimento DeFi. As finanças tornam-se descentralizadas, democráticas e seguras. Vemos, então, a concretização do que Satoshi propôs em seu artigo: em DeFi, você só precisa de um dispositivo conectado à internet.

Bitcoin, a primeira De-Fi

Podemos dizer que o bitcoin é considerado a primeira DeFi de sucesso. Afinal, ele foi pioneiro na democratização do acesso ao sistema financeiro, facilitando transferências de valores para qualquer lugar do mundo e para qualquer pessoa de uma forma totalmente descentralizada e segura.

Leia e descubra: Como vender bitcoins com o Méliuz

Quais são os usos do De-Fi?

As possibilidades da DeFi são inúmeras. Obtenção de crédito, realização de pagamentos e cobranças, além de diversas outras funcionalidades sobre as quais o mercado financeiro atua.

Na DeFi, que tem como pressuposto a descentralidade, a alocação dos recursos para a aquisição de tais serviços está sempre com o usuário, jamais com um intermediário. Ou seja: na DeFi, você é o seu banco, seu gestor e sua corretora de valores.

Vamos imaginar que um usuário vá realizar um investimento sabendo qual será a sua rentabilidade, tendo liquidez, decidindo qual o melhor momento de investir - e o melhor: sem a necessidade de ficar tomando cafézinho com o gerente enquanto ele te empurra os produtos que precisa vender para bater a meta. Imaginou?

Isso é DeFi. Ou seja, a descentralização do sistema financeiro. Os seus recursos nas suas mãos.

DeFi e o divisor de águas

O movimento DeFi tem tudo para ser um divisor de águas. No entanto, é importante entender que não se trata de uma bolha ou de uma tendência ou um hype, que logo desaparecerá. As finanças descentralizadas podem revolucionar o sistema financeiro.

A DeFi pode se caracterizar como ponto de mutação, onde redes descentralizadas e serviços peer-to-peer (sem a necessidade de terceiros) podem democratizar mais ainda os serviços financeiros, que hoje é orientado pelo lucro e reserva os serviços financeiros a parcelas da população tidas como mais lucrativas e de baixo risco.

Com o DeFi, existe a possibilidade de decidirmos o que fazer com o nosso dinheiro sem interferências é real e desafiador.

É necessário ter cautela e responder primeiro uma pergunta de cunho pessoal: você se considera uma pessoa que gosta de assumir responsabilidades ou prefere que garantam a sua segurança?

Dessa forma, caso você se considere uma pessoa que gosta de responsabilidade, a DeFi pode ser um caminho, se você prefere a segurança de grandes intuições bancárias, o DeFi não é para você.

Além disso, aproveite para ler e entender qual é o seu perfil de investidor

*Todo conteúdo exposto por meio desta matéria, tem caráter exclusivamente informativo e não consiste em qualquer tipo de recomendação de ativo financeiro, investimento legal ou de qualquer outra natureza.